A Fragilidade do Nó Cego

Padre Costa Pinto

Padre Costa Pinto

As páginas que vais poder ler, caro leitor, integram, conscientemente, a utopia da esperança, plantada na Igreja, pelo Espírito Santo, que se historiarizou, com o nome de papa João XXIII, isto é, em luta calma e serena, cujas armas sejam a fé, estudo e persistência, o diálogo, o discernimento e a comunhão proposta no Evangelho: «Não permitais que vos chamem "Rabi", pois um só é o vosso Mestre e todos vós sois irmãos. A ninguém na terra chameis "Pai", pois só tendes o Pai celeste. Nem permitais que vos chamem "Guias", pois um só é o vosso guia, Cristo»
(Mat. 23, 8-10).

Ocupamo-nos, agora, do problema do divórcio e das respectivas consequências, em peso e extensão. Tentemos definir o problema. Seja pelo que for, até pelo pecado, marido e mulher chegam, um dia, ao ponto de ruptura intransponível. Decidem, por acordo mútuo ou, contencioso e civilmente, separar-se. Por leviandade e imaturidade apontam o dedo os críticos, esquecendo que uma coisa e outra fazem parte da natureza humana, que não é uma "coisa", mas vida, sempre em crescimento, integrado na história, que é movimento, sempre imprevisto. Pressupomos que esta decisão não é, precisamente, uma festa, alternativa do primeiro casamento. É um passado, mais ou menos longo, que se enterra, ao som da marcha fúnebre, que se enlaça, em confusão dolorosa, com a marcha nupcial do dia do primeiro casamento... «Dizei àqueles que vos oprimem: aquele que não tenha traído nunca as minhas normas ideais, através da longa história da minha Igreja, que vos impeça de serdes felizes e de gozar a paz: Foi para viver em paz que Deus vos chamou» (1 Cor 7, 15).

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