Antimatéria

Jorge Câmara

Jorge Câmara

Aρ?óç...Δ?ivóç...

Sou o imperador deste mundo só meu...
Não chores por mim, pois não curas
As feridas da minha alma.
Nem mesmo essas lágrimas divinas que tudo saram
Cicatrizam este vil ser a transbordar de desalma.

Tento gritar, mas só a mental tinta flui...
Quero luz, mas em mim só a treva alunou...
É ressonante a voz que me diminui...
Ao Além o papiro que me escutou...

Tento esquecer-me do que fui.
Tento esquecer-me do que sou.
Tento esquecer-me do que sempre serei:

Quasar longínquo, cada vez mais distante...

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