O presente trabalho foca-se em dois pontos estruturantes: (i) a relação entre a evolução do ciclo de expansão/depressão do imobiliário e a dinâmica do mercado de crédito, onde se explica a origem da crise de liquidez dos bancos e (ii) a relação entre a evolução do mesmo ciclo imobiliário e a alocação do solo, que permite compreender o modelo de dispersão urbana que caracteriza a maioria das cidades. Por sua vez, estes pontos são abordados a duas escalas de análise distintas: (i) a uma escala macro, através duma primeira análise aos EUA, que serve de enquadramento para um estudo mais aprofundado à escala Ibérica; e (ii) a uma escala micro, onde a abordagem se centra na cidade do Entroncamento.
Em síntese, sabe-se que o Ordenamento do Território, enquanto política pública, assenta num conjunto de princípios e objectivos que são indiscutíveis, todavia, a partir de uma observação atenta da realidade e da transformação recente dos territórios, constata-se que existe uma clara contradição entre os objetivos e os resultados da aplicação desta política. Esta obra permite-nos compreender porque é que existe esta contradição e ao mesmo tempo, propõe um conjunto de soluções inovadoras para os problemas estruturais identificados.
