No cenário das lutas ideológicas contra totalitarismos e buscas frenéticas de experimentalismos comportamentais nos conturbados anos 70, Anselmo Vasconcellos se permitiu inventar-se. Com ousadias, transgressões e coragem, ele sempre fez pela experiência, envolveu-se com a contracultura de seu tempo, com os mais variados grupos de teatro.
De travestis dos bas-fonds a Ricardo III de W. Shakespeare, tragédias, dramas e comédias, transitam onde surpreender-se é surpreender o público, apresentando sua intuição transformada em autoestudo, em Dança Pessoal, como gosta de dizer. Aí está sua originalidade pessoal, nada acadêmica.
Premiado como ator de cinema no Brasil e na Colômbia, diretor no teatro e roteirista no concurso do Ministério da Cultura de 1990, tem significativas atuações em mais de 40 filmes de longa metragem, dezenas de curtas, 50 peças de teatro, além de haver trabalhado em novelas, seriados e programas de humor em todas as emissoras nacionais de televisão. Desenvolve pesquisas sobre a atuação há 30 anos, dos quais 26 como Professor Efetivo do Estado do Rio de Janeiro, atuando continuamente em programas de humor da TV Globo (no "Zorra Total" nos últimos 14 anos) e no Teatro, com a série Cult, o Teatro de Terror, que permaneceu 14 anos em cartaz.
Anselmo Vasconcellos deixa-se tornar um espaço que acolhe toda experiência sem julgá-la. A Volta ao Mundo é uma reinvenção de si mesmo.
