Maria Cirne
Nascida em 1968 no Porto.
A autora desta pouca mão-cheia de poemas não se define senão pela vontade constante de agarrar as palavras e fazer delas mensageiras de uma alma que acredita continuamente no amor como razão única de ser e estar na vida.
Toda a erudição académica acumulada e qualquer douto conhecimento adquirido são hoje acréscimos absurdos e peças estranhas à alma de um poeta: não o definem, antes perturbam o retilíneo olhar que lhe permite abraçar o horizonte de tudo quanto o circunda, que lhe consente desaguar no outro.
Nestas páginas procurou, mediante os sentidos, depurar apenas essa essência, onde a substância primordial é a sensibilidade. Porque não se biografam sentimentos… Porque não se cartografam emoções…