Gilson de Paula é natural de Curitiba, capital do Paraná. Aos 42 anos, ele já pode ser considerado uma das gratas revelações da literatura brasileira. Formado em jornalismo pela PUC-PR, em 1992, sempre se destacou pela irreverência de seus textos. Foi editor de esportes do Diário Popular entre 1993 e 2007 e também redator chefe da Revista Pista Livre, especializada em automobilismo. Além de jornalista e escritor, também é cantor e compositor, sendo autor de mais de 150 canções. No cinema, dirigiu o filme “Coração Verde e Branco”, em 2009.Discípulo de Dias Gomes e Luis Fernando Veríssimo, Gilson de Paula possui um estilo irônico pra fazer humor. Sabe aquela coisa de chutar a canela do outro sorrindo? É exatamente o que ele consegue fazer em suas obras. O bom humor está presente em todos os parágrafos, mas o chute na canela vem junto sempre. Bom humor andando ao lado da ironia e do sarcasmo. Suas histórias geralmente surgem em lugares fictícios e os personagens são os mais inescrupulosos possíveis. Para Gilson de Paula, esse gênero literário, repleto de falcatruas, corrupção, mentiras, falsidade nada mais é que o retrato da sociedade como um todo. “A corrupção, a mentira, a falsidade e as falcatruas estão em todos os lugares. Eu só uso nomes fictícios para não ser processado. Porém, está cheio de prefeitos Carlitos por aí. Nem precisa procurar muito”, diz.Â