Lurdes Leite
Nasci no dia 22 de abril de 1964,em Montalegre, distrito de Vila Real, transmontana, pois assim quis o acaso.
Meus pais chamavam-se Sância Ferreira de Sousa Leite e Fernando Pinto, tenho cinco irmãos todos nascidos em terras diferentes e bucólicas, pois a mãe, como professora, obtinha colocações em escolas de norte a sul de Portugal.
E foi assim que com três dias apenas fui viver com a família para Paredes e Penafiel, no distrito do Porto. Talvez tenha iniciado dessa forma o meu interesse e paixão pelas viagens e pelo exótico e desconhecido.
Nasci às treze horas e trinta minutos, depois de um bom almoço de salmão e já enérgica antecipando os mistérios das serras e mantos de neve, onde algures as ovelhas baliam e se escondiam.
Fui sempre ótima aluna e a minha paixão pela escrita surgiu, quando depois da escola, vagueava durante horas a observar os carreirinhos de formigas, minúsculas, pretas e carregadas. Para onde iam tão apressadas?
A Biblioteca Pública Municipal e os livros do avô, eram amigos, com imagens que correspondiam aos meus desejos de descobrir e aprender e à minha sede de infinito, dando largas às asas da imaginação.
Os sábados à tarde da minha infância eram ocupados com a deliciosa série de aventuras do: ”Verão Azul”, passado em Itália, na praia e um saco grande com 15 livros, fantásticos, escolhidos criteriosamente nas estantes da Biblioteca.
Com 12 anos escrevi os meus primeiros poemas e guardava textos, composições e frases num baú. Tudo era importante para registar um momento, uma paisagem ou algo que despertara a minha curiosidade, uma ave, um gato ou uma bela fonte de água cristalina, um riacho envolto em verde musgo, com pedrinhas.
No telhado da casa dos avós e debaixo da figueira de figos roxos observava os outros nas suas tarefas, de lá para cá e ouvia os chilreios alegres das aves.
Depois, em 1986,concluí o curso do Magistério Primário, com 22 anos e fui lecionar para Setúbal, Almada e Barreiro, observei golfinhos e barcos e senti o mar azul.
Continuei a escrever breves contos e histórias, enquanto viajava e observava pessoas desconhecidas nas suas rotinas e prossegui os meus estudos, concluindo em 2004,um Complemento de Formação em Novas Tecnologias e Gestão da informação, pela Universidade do Minho.
Casei com Luís Manuel, cinéfilo, engenheiro civil e autodidata e temos um filho com 12 anos, que adoramos. Residimos atualmente em Leiria, depois de uma década a viver no Porto.
Atualmente o meu tempo livre é dedicado à liberdade de escrever e comunicar ideias e pensamentos, viajar, conhecer pessoas e contactar com a arte, a cultura, a música e a Natureza, que adoro.
Considero-me uma pessoa feliz pensadora e visionária com humor, divertindo-me com as histórias que escrevo e espero que os meus futuros leitores tenham interesse em ler o que escrevo até ao final.
