Raquel dos Santos nasceu a 19 de março de 1996, em Lisboa, no bairro de Chelas, e desde cedo mostrou-se uma alma inquieta e irreverente.
Ainda adolescente, descobriu na escrita uma maneira única de confrontar o mundo e a si mesma.
Leitora apaixonada de prosa e prosa poética desde antes dos 16 anos, encontrou inspiração em figuras emblemáticas como Florbela Espanca e Álvaro de Campos, que lhe ensinaram que as palavras podem ser tão intensas quanto as emoções que carregam.
Com formação em contact centers, Raquel sempre transitou entre o pragmatismo da rotina e a liberdade criativa da sua escrita.
Mas é nas linhas que escreve que revela o seu eu profundo, ousando a desafiar normas e convenções.
Nas suas obras, adota um tom masculino, uma escolha deliberada para questionar os papéis impostos pela sociedade e explorar territórios emocionais muitas vezes negligenciados.
Apesar da sua natureza positiva, a sua escrita emerge de um lugar de dor e resistência.
Para Raquel, a escrita é mais do que um escape, é uma resposta à incompreensão mental e às desilusões amorosas que marcam a sua jornada.
Nas suas palavras, ela transforma as dores pessoais em ecos universais, reconhecendo que os sentimentos de amores não correspondidos e o peso das emoções são vivências que transcendem o individual.
Com este primeiro livro, que marca o início de uma coletânea, Raquel dos Santos não busca apenas contar a sua história, mas criar um espaço para todos aqueles que, como ela, encontram na escrita uma fuga e um reencontro.
Na sua voz crua, direta e profundamente sensível, é uma chamada para a liberdade, um lembrete de que ousar ser quem somos é, por si só, um ato revolucionário.