Enredado

João Pinho

João Pinho

Quando tremem as pedras de ansiedade

Porque o nexo não faz sentido

E as peças são só palavras

O verso um ruído. O poema a sobriedade

De estilhaçar o vidro. As imagens são sempre as mesmas.

As colunas repetidas, as linhas ofendidas.

Que narrativa cheira a vinagre!?

Quando não há linguagem correspondente à tua saudade.

Lotadas de fissuras as dobradiças da janela riem-se, de ti.

E de ti troçam os leques antinódoas rebocados ao esplendor.

Que línguas em transe sibilantes, secam a ferida feroz?

Violência frágil moinho sem nó. Perder por um fio

O lume da tua fogueira.

 

 

 Enredado

Descasca-me em ti

Sufoca-me, ups

Propenso sempre.

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