Intitulado “Eu, o Mar, o Sal, a (In) Justiça…MEMÓRIAS”, em jeito de auto-bibliografia e ora dado à estampa, o livro traz como temática central todo um emaranhado de situações adversas à dignificação e valorização da espécie humana e de redobrados contornos, quando, conotadas com o desempenho de funções profissionais. Não encontrando respostas solúveis e tempestivas às gritantes insuficiências ou falta de recursos até, para fazer face ao normal funcionamento da instituição que representava e que, igualmente, resultaram em claro prejuízo à minha pessoa, outra solução não restou, senão em fazer uso dos recursos arrecadados localmente para garantir os serviços mínimos, sob pena de claudicação total.
Ditou, portanto, a minha consciência, estribar-me em preceitos legais, para, em defesa da honra e da dignidade institucional e dos legítimos interesses dos utentes, cumprir os meus deveres e obrigações ao invés de cruzar os braços e aliar-me ao silêncio, desmazelo, abandono e laxismo das hierarquias superiores mais preocupados com o seu próprio bem-estar do que agir em nome da evolução e desenvolvimento do setor marítimo na ilha do Sal, a maior em serviços aeroportuários e turísticos em Cabo Verde.
Tais diligências custar-me-iam mais tarde, finais de 1997 em concreto, um processo disciplinar e outro de foro criminal. Se eram remotas as possibilidades do arquivamento do primeiro, porque orquestradopelos mesmos rostos da inverdade, já em Sede das instâncias judiciais, alimentava esperanças de olhos nos olhos, provar onde estava a verdade e consequentemente, a minha absolvição. Nada disso… preferiu, antes, a justiça a via da prescrição, resultando em clamorosa injustiça ao cidadão e autor desta obra como alternativa à imposição de “boca calada”.
Ter incluído no livro, episódios da fase infanto-juvenil e do, agora, adulto-sénior, foi uma forma encontrada de temperá-lo e lhe conferir mais sabor. E porque não, como indicadores na formação e formatação do meu perfil.
Este livro foi pensado numa outra perspetivam como um instrumento subsidiário às novas e futuras gerações para, mesmo com denodo e sacrifício, lutar em defesa dos valores da dignidade humana e da verdade.
“O leopardo, quando morre deixa a sua pele e o homem a sua reputação”, ditado filosó
