Há bastante tempo que não a via.
Embora ela já tivesse quase setenta anos de idade, esta minha amiga continuava activa, enquanto professora universitária.
Encetámos conversa. Ela quis saber o que eu fazia, uma vez que me encontrava aposentado. Contei-lhe, embora de modo algo indefinido, que estava escrevendo.
Ela quis saber o quê e sobre quê.
Olha, disse-lhe eu: “Sobre a vida após a morte”.
“Mas tu acreditas nisso?” – Indagou-me ela
A esta pergunta respondi-lhe: “Não acredito. Sei. E tu, o que pensas que sucederá depois de morreres?”
A resposta não poderia ser mais esclarecedora: “Somos como tudo. Como as plantas, como os animais – nascemos, vivemos e morremos. Tudo acaba”.
Mas disse-o com tal convicção que não me atrevi a continuar a conversa. Ela também não, pois afastou-se logo de seguida, mostrando-se desinteressada e algo incomodada.
Fiquei deveras impressionado. Perguntei-me como é possível que uma pessoa já entrando na etapa final da sua existência terrena, nunca se tenha indagado sobre os objectivos da vida?!
Deste modo, seria egoísta e irresponsável da nossa parte que o conhecimento que nos tem sido proporcionado ao longo de décadas de intercâmbio mediúnico permanecesse esquecido em muitas centenas de horas de gravações, cujo conteúdo são autênticas lições de vida de grande utilidade para todos nós, os que nos interessamos sobre a vida espiritual e nos indagamos sobre “o depois”.
