Todos os humanos em condições normais são dotados de capacidade espiritual de autorreflexão, que utilizam ou não. Nos enredos da política o sujeito fica impossibilitado de se mover sem juízos. É graças ao juízo de valores que o indivíduo se reconhece e estabelece semelhanças ou diferenças com outros.
A ficção e a realidade cruzam-se por entre as amarguras da crise de valores que, no emaranhado do imenso e peganhento nevoeiro, envolve os caminhos do nosso quotidiano. Os especialistas, da política, chegam aos meandros do poder cada vez mais novos. O curriculum político deixou de estar condicionado às circunstâncias sociais de origem, mas passou a ser fundamental para a progressão profissional e ascensão social ao ser construído a partir de amizades «cimentadas» nas jotas.
É nesse percurso de sombra, de jogos de poder e sedução que se entrelaça uma teia de tráfego de influências e de informações privilegiadas para a comunicação social que levam ao derrube do Governo.