Nuvens Tenras de Papel

David Fazendeiro

David Fazendeiro

“Os sentimentos de dor ou prazer são os alicerces da mente.”

António Damásio

De repente, Mariana, deixa de sentir qualquer tipo de dor física. Aparentemente, tal estado, poderá parecer uma bênção, um milagre que a liberta dessa condição humana que tanto faz sofrer. No entanto, pouco tempo depois, dá-se conta do morno insuportável em que os seus dias se tornaram, porque a privação do extremo da dor lhe rouba o extremo do prazer, numa insuspeita espécie de praga.

Pedro perde quem mais ama: a dor que o queima por dentro torna-se insuportável. Procurando fugir a tudo, entrega-se a uma vida de combates, de modo a que a dor do corpo lhe atenue a dor da alma e, acima de tudo, com a secreta esperança que um bom opositor lhe desfira um golpe fatal que, finalmente, lhe permita encontrar paz.

Gonçalo vagueia pela noite, procurando por histórias profundas que lhe possam servir de inspiração nas suas criações artísticas. No entanto, carrega consigo uma dramática história pessoal a que, inconscientemente, procura fugir.

Todas estas personagens se vão tocar de uma forma que jamais poderão imaginar.

Até onde poderá chegar o toque invisível das suas ações?

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