À meia-noite, o ser optimista que habita em mim acorda. Observa a lua e questiona-se acerca do lado pessimista do Homem.
As respostas às suas perguntas disfarçam-se nas estrelas, tornando-se verdadeiramente sedutoras e brilhantes. Este brilho permite-nos ser invisuais temporariamente e iludirmo-nos, pensando que tudo o que é considerado mau pode, na realidade, ser bom.
Defacto, a ilusão surge sempre como o melhor caminho e é devido a isso que o meu ser nocturno continua a sua busca.
Na imensa escuridão da noite, todos nós desempenhamos o mesmo papel: o de criaturas iludidas. Mas de dia, o pessimismo acompanha-nos a cada segundo que passa.
Seja como for, "depois da tempestade vem a bonança" e, neste planeta repleto de falsidade e de terror, tal não é excepção. Devemos, por isso, olhar sempre para o outro lado do obscuro e afirmarmo-nos não só como Homens, mas também como Deuses.