Há uma certa serenidade que só se encontra aquando do caminhar na direcção de um horizonte infindável... Perdemo-nos no espaço onde o céu se funde com a estrada, a pedra se alça em brados silenciosos e o alcatrão se derrete com aquela ternura que chama a noite. Caminha-se à velocidade do pensamento, enquanto os nossos olhos constroem poesias e novos mitos. Há paz enquanto o nosso ritmo se entronca com a pulsação da terra e se ignoram as cercanias feitas de cimento.
É pela noite, quando ela se derrete no firmamento, que ousamos sonhar mais alto, mais sublime, mais, apenas…
Paulo Coimbra Martins
