Prazer, Monstro

Arthur Datcha

Arthur Datcha

"Revolução sem nome, indigente. Revolução dos que percebem. Revolução dos que falam. Revolta dos oprimidos. Quero discorrer de forma tão simples que recairá a alguém que não quero, jamais quis revelar, um ser tão inocente que fala o que sente. Não eu, o outro. Nunca confessarei que eu sou aquele que discorre. Mas todos me são. Será tão simples, objetivo, perceptível que mostrará a verdade dos que vivem, de histórias silenciadas, de pessoas vivas e mortas. De sobreviventes. De artistas sem arte. De amantes do divino. De profanos que vendem o corpo e arrebatam-se.

Contarei algo que não é história. Histórias são falsas, fictícias e despropositadas. Contarei sobre o mundo, sobre mim, sobre aqueles que gritam e são assassinados, porém, continuam vivos. Quero guiar alguém por algum lugar e usar termos tão baixos e básicos que se anseie conhecer sobre quem se fala. E não se saberá. Pois não conto. "

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