Recebido no Complexo Celestial (Céu) após a passagem a uma segunda etapa ou dimensão da sua vida, Luís foi recebido pelo Chefe (Deus) que o acompanhara nos últimos tempos da sua vida secular.
Entregue aos cuidados do coordenador Miguel (Anjo), e após a gestão adequada das saudades da família e amigos, entregou-se com afinco às tarefas que lhe foram atribuídas e que consistiam em ocupar da melhor forma os seus tempos livres.
Entretanto, e surpreendentemente, acolheu com espantosa tolerância um ex. PIDE que estivera na origem da morte do seu antigo colega e amigo Ivo. Pelo meio, teve a oportunidade de fazer amizades especiais com John e Toby, um holandês e um israelita especialistas na atividade pecuária e agrícola respetivamente.
Mais tarde, devidamente apoiado e motivado, destacou-se de forma a merecer a confiança do Chefe sendo promovido a coordenador do Complexo, substituindo Miguel nas difíceis e desafiantes funções de apoio aos novos hóspedes que ali chegavam diariamente.
Esta é uma imagem metafórica que o autor/irmão projeta, como se fosse um desejo ou uma vontade. Desconhecendo os passos a seguir à morte física, por que não imaginar o Luís com uma visão otimista, fraterna e crente?
Descansa em paz.
Zé
