Com um certo descomprometimento a nível temporal e espacial, este conjunto de pequenas narrativas incita o leitor a viajar por um mundo de incansável inconformismo face à realidade exterior. É através da constante tensão entre interior e exterior, vida e morte, sonho e realidade, que estes personagens são materializados, procurando sempre na abstracção interior do real a concretização exterior de algo perfeito. No fundo, este livro reflecte uma busca incessante por um lugar de pertença, um lugar que se concretiza nas palavras.
"Densifica-se a respiração da cal sobre o meu corpo. O meu túmulo aguarda-me. O suor escorre das paredes pelo meu rosto. Escrever é agora uma necessidade, uma despedida, uma memória. E eu escrevo. Escrevo no meu túmulo, escrevo para as paredes que me escutam, enquanto, em mim, a tua imagem se torna nítida, real, acentuando-se na ausência a tua presença."
"Densifica-se a respiração da cal sobre o meu corpo. O meu túmulo aguarda-me. O suor escorre das paredes pelo meu rosto. Escrever é agora uma necessidade, uma despedida, uma memória. E eu escrevo. Escrevo no meu túmulo, escrevo para as paredes que me escutam, enquanto, em mim, a tua imagem se torna nítida, real, acentuando-se na ausência a tua presença."
"Uma tela em branco será, talvez, a melhor representação do caos. O branco é o infinito, o lugar de todas as possibilidades - o branco, a tela: um vazio preenchido. Do caos nasceu o mundo, no caos o mundo permanece."