“Miguel observava ao longe a mesa junto à janela que virava para o rio. Hanna olhava o rio, que passava indiferente. Mãos a segurar o queixo, era pela janela que Hanna saía e ia sentar-se na berma da corrente como se fosse convidada. Atirava pedras pelo espelho de água, obrigando-as a saltitar várias vezes até se afundarem antes de chegar à outra margem. Depois colhia flores, compunha um ramo que colocava a flutuar rio abaixo, tentando adivinhar onde esse ramo iria parar. Ficaria encalhado num tronco preso na corrente ou chegaria ao mar? Ou algum pescador pescá-lo-ia, o levasse para casa e o oferecesse à mulher e essa noite fizesse amor com ela por causa de tão belo presente? Hanna pensava em como tudo poderia ser possível a partir de uma mesa de um restaurante.”
O destino junta duas pessoas que procuram fugir das suas vidas em busca de liberdade emocional. Mas o custo dessa liberdade pode ser demasiado elevado.
Amor, traição, amizade, violência.
A vida não seria igual sem estes condimentos.