Em A guerra dos mandatários o autor promove a fusão entre realidade e ficção, permeando a narrativa com elementos relacionados ao banditismo rural e movimento revolucionário do Brasil do começo do século 20. A história é, antes de tudo, um passeio entre ideias e mundos contrastantes, imaginários e reais. E se inicia quando o cangaceiro Lampião e o revolucionário Luís Carlos Prestes se encontram nas profundas do inferno, no dia 7 de março de 1990. Com a chegada do cangaceiro Corisco àquele mundo, alteram-se as forças comandantes do reino do cão, reabrindo-se nova trajetória aos personagens. Eles buscam satisfazer a fome de poder e glória, cada um a seu modo. Muito embora pontificada por dados relacionados à história do cangaço e da Coluna Prestes – fenômenos de grande relevância à história recente do Brasil -, a narrativa foge aos limites plúmbeos da verdade histórica, projetando-se num cenário prenhe de imaginação e rivalidades.