Continuo a pedir ao céu que me dê água mas o sol teima em querer secar-me a garganta.
Nas trevas onde desci vejo anjos a banharem-se em águas cristalinas mas nem lá me dão de beber.
Queimo as entranhas, ácido no corpo do Mundo que nos faz correr para um lodo mais profundo que o Universo.
Sem verso neste chão emerso.
Perverso.
Descendente de Caim, filho de Belzebu. Crentes na terra, pisada, deserta, com frutos caídos e olhos perdidos.
E a chuva, mel que não escorre das paredes do céu, no mar nos esqueceu, nos perdeu e morreu.