Enquanto Houver Poesia…

Daniel Silveira

Daniel Silveira

Ecoa uma voz frágil do coração manhoso de meninos-homens amolecidos pela grandeza dos seus sonhos mirabolantes, gigantes feito o infinito. Surpreende o calor da pele cheirosa das meninas-mulheres que ardem em desejos incontroláveis e liberdade de seus olhares, firmes feito garras rapinas. Não há coragem maior senão a bravura duma paixão. Por ela estende-se a mão por maravilhas e desgraças, entrega-se a vida por sonhos e furtivas realidades, até tornar-se amor.

Deu-se explicação à paixão quando aos poetas restou um tão agigantado sentir. Dos poetas não se descarta a mutabilidade de suas palavras com ações, tampouco a observação, nada. Dos poetas não se descarta nada.

Para este século, poetas são opções profundas de prazer e lágrimas, um banquete incomum para quem sorteia amores de norte a sul, mesmo sendo a felicidade a plenitude de uma alma solitariamente nua.

Enquanto houver poesia, haverá Paixão.

Enquanto houver Paixão, haverá Amor.

Enquanto houver amor, haverá Eternidade.

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