ESTILHAÇOS - ESTES LOUCOS DIAS DA VIDA

João Paulo Pombo

João Paulo Pombo

As águas escuras e sujas banham as velhas colunas do cais onde músicos anónimos dão seus grátis concertos para gente indiferente. Ali, ao lado dos velhos cacilheiros, deles só resta a memória, substituídos por modernas embarcações, rápidas, que regurgitam golfadas de gente anónima, prontamente injetadas da pressa que a todos a grande cidade contamina.

 

Onde pertencem afinal os homens? Será que por nascermos num lugar iremos sempre sentir esse lugar como a nossa terra? No fundo não somos donos de nada mas sim apenas inquilinos temporários dos lugares que conhecemos. As nossas raízes primárias são permanentemente condicionadas pelo rumo das nossas vidas, e da vida raramente somos timoneiros.

 

 

 

SE ESTA VIDA É FUGAZ PARTIDA

SOMOS APENAS POEIRA DOS TEMPOS

PASSAMOS SEM RASTO COMO VENTO

NUMA PROVA SEM FIM E SEM TRÉGUAS

ONDE SÓ O AMOR TEM FUNDAMENTO.

Utilizamos cookies próprios e de terceiros para lhe oferecer uma melhor experiência e serviço.
Para saber que cookies usamos e como os desativar, leia a política de cookies. Ao ignorar ou fechar esta mensagem, e exceto se tiver desativado as cookies, está a concordar com o seu uso neste dispositivo.