Vinte e seis pequenas histórias que percorrem o abecedário com pinceladas de muitas épocas e momentos, como quem espreita o mundo por uma nesga.
Quase contos, quase crónicas, nestas narrativas sempre na terceira pessoa e salpicadas de contrastes, os extremos que se tocam vão do relato lamechas à metáfora bem esgalhada, da silhueta oca à tentativa de retrato psicológico do erotismo subtil e elegante ao que roça o ordinário e brejeiro.
Com dedicatórias a quem ocupa o seu altar, ao olhar para fora o autor radiografa-se também, chegando a expor-se e a destapar o escritor do seu processo criativo.
Volta à sua terra África e revisita personagens que ocuparam o espaço teatral da sua vida.
Pintou quadros a escrever e foi atrás de mostrar que podia escrever histórias a pintar.