Quero o Meu País de Volta

Júlio de Aveiro

Júlio de Aveiro

O MEU RECADO


Quisera  eu  que  isto  fosse  uma  ironia,  na qual eu vagueasse a meu belo prazer !

     Quero o Meu País de Volta , não é mais do que uma filosofia de pensamento, baseada em muitos anos de vagueio pela vida. Narrá-la, vai ajudar-me a sair do sufoco de tanta ironia de que esta mesma vida se carrega, na conclusão de que não basta aceitar o seu carisma.

        Quero o Meu País de Volta, é uma página magoada. É sobretudo um desabafo de quem tem sido espremido nas amarras das estruturas que nos dominam dia a dia. É um repúdio pela indiferença com que a maioria de nós, seres viventes e com direitos, tem sido magoado com subtracção desses mesmos direitos, com a aniquilação do poder de livremente gritar: Sou Gente! Sou Um Ser Humano! Existo!

     Quero  o  Meu  País  de  Volta,  exalta sentimentos de insatisfação pelas atitudes e leis que nos dominam e nos magoam com as quais, ironicamente, se pretende remediar com simples palavras e frases que, ao serem ditas, magoam ainda mais: “Tenham paciência”, “estamos em crise”, impõem-nos estas medidas”, etc.

       Quero  o  Meu  País  de  Volta,  pretende e obriga-se a intrometer-se entre a crise daqueles que a provocaram e no-la endossaram, deixando-nos um legado bem pesado, de difícil solução. Pretende inculcar que, em muitos aspectos, a crise, quando direccionada só e apenas para os humildes, passa a ser uma mentira. Porque eles fazem da mentira a sua filosofia de vida.

 Júlio  de  Aveiro

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