Nesse momento pude visualizar todos os familiares que já não Corina Almeida estão nesta dimensão e pude compreender os mistérios da corrente sanguínea que se vai espraiando e subdividindo através das gerações, como rios clamorosos com os seus afluentes. Muitas e variadas famílias que se vão dispersando e sempre se renovam e brotam em novas e mais pujantes fontes de vida, elos de consanguinidade que já se estendem por vários continentes. Absorta, cogitando tudo isso, murmuro: – Raquel e Januário D`Almeida! Família Almeida! Sinto o meu coração dilatar-se… O meu carinho e gratidão por aqueles dois expande-se. Algo muito intenso toca as minhas lembranças, algo muito próximo, intrínseco ao meu ser, vem ter comigo. Abre clareiras nas minhas lembranças, povoa a neblina dos dias antigos. Reconheço as semelhanças, parecenças e referências, que são de uns e de outros, deste e daquele, os traços característicos da Família que nos legaram, uma herança de coragem e amor.
