A ampulheta

Elisabete Pinho

Elisabete Pinho

De início, pensei que tudo era apenas uma coincidência do destino, do destino que eu própria manipulei.

Depois, percebi que não existem coincidências!

Com o decurso dos acontecimentos, vi-te para lá no tempo, na cerca, no alpendre, na cascata, num tempo onde o passado é agora e o agora é depois...

Vidas que se confundem como se fossem passado, presente e futuro. Num presente ausente, num passado sofrido, num futuro incerto.

No limiar da culpa, dividida entre a emoção e a razão, entre o amor e a paixão, entre o certo e o errado.

E se o errado for o certo?

Um amor que veio de uma vida passada, proibido, mas que me faz sentir viva!

Um encontro que desperta a alma, que aquece o peito, que atormenta o ser! Um diário perdido que muda toda uma história.

Num tempo, onde o passado é a eternidade que nos aguarda, para lá do fim, para além da morte!

Como o fluir da areia de uma ampulheta!

Utilizamos cookies próprios e de terceiros para lhe oferecer uma melhor experiência e serviço.
Para saber que cookies usamos e como os desativar, leia a política de cookies. Ao ignorar ou fechar esta mensagem, e exceto se tiver desativado as cookies, está a concordar com o seu uso neste dispositivo.