A obra de Miguel Torga é uma metáfora à sua vida, uma canção de antítese à pobreza, sintetizada pela sua alma ancorada à sua terra e à esperança que a vida seja uma rua Villaret por onde passam poetas sorrindo perante a declamação das suas almas.
A verdade contida na sua criação foi a sua maior virtude e a fraternidade contida na sua voz humanitária o seu persistente desígnio.
Os seus contos escalaram montanhas, como persistentemente idealizou, mesmo contra todas as adversidades conseguiu vencê-las, tornando-se num prosador alpinista que no cume da montanha mais alta descansou ao lado da bandeira da paz e lançou o verso da escalada que voou guiado pela brisa da receita criadora.