É um trabalho literário revigorado com banho libidinoso de imagens fluindo para a arte da diferença, libertando fronteiras. Enaltece os parceiros de sangue, os escolhidos e os imaginados com força e suavidade desconstruindo o ritmo das sílabas para afagar as frases dedicadas a mulheres, amantes, grandes amores e amigos, ao verde e à contestação política.
Em Berço Esplêndido, texto e colagem conversam no confessionário da paixão sobre Santa Teresa, enquanto os elegantes jogadores do Querido Politheama F.C. se misturam às águas fortes e cristalinas de Aguaceiro, passando pelo polêmico Matricídio da Terra e pelo internacional Grafite Mercociudades. Em Setembro Chegou a despedida se faz presente com flores de azaleias contrastando com as Putas no Palco da Vida, que optaram por Retrato Velado quando em Cubar o altar santeiro foi roubado.
Minhas Parcerias é um páramo que corteja a geometria ondular do poema Ondas se despindo no Orgasmo em Via Pública, sem gênero, sem caso, sem número e sem contemplação. É a publicação física das marcas no corpo e na história de uma realidade criada entre parceiros sem perguntar ao prazer se podemos ou não gozar.
Não veio para dar sentido, mas fazer pensar sobre o valor dos sentidos.
É um estilo? Talvez!
